sexta-feira, 1 de novembro de 2013

SAUDADE VELADA

Hoje eu acordei
Chateado com sua frieza
Com sua mentirosa nobreza
E pensei... Mudei!

Passei a ser taciturno
Rancoroso e abatido
Calado e trombudo
Pelo rancor atraído

Não mais lhe falei
Esqueci-me da sua existência
Sufoquei as lágrimas, guardei-as
Tranquei-as na consciência

Deixei passar os dias
Sentindo o coração apertar
Fiz-me de forte, um Golias
Jurando não mais lhe amar

Mas é impossível
Pois a quem amar, não escolhemos
Sentimos e não esquecemos
Deixamos, intangível

No final de tudo
Quando não existe mais esperanças
Faço-me de surdo, mudo
E vivo com você na lembrança.



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